sábado, 6 de junho de 2015

A valorização do comportamento no trabalho da Enfermagem

As empresas contratam com base na análise curricular e demitem por comportamento.
A Revista VOCÊ S.A. promoveu uma pesquisa, onde detectou que 87% das empresas afirmam demitir profissionais tecnicamente competentes, porém com comportamentos inadequados. Nos Estados Unidos, apenas 16% das demissões resultam de problemas de má performance, afirma o consultor Gutemberg de Macedo.
As empresas estão dando uma importância cada vez maior aos aspectos comportamentais dos profissionais. O perfil, as atitudes, a maneira de se relacionar e de liderar pessoas são fatores importantes para a organização decidir pela continuidade ou rompimento do contrato de trabalho.
Isso não é diferente quando analisamos o mercado de trabalho da enfermagem. É comum ouvir profissionais e estudantes reclamando da dificuldade em encontrar e se manter em um bom trabalho na área da saúde. Também é comum a queixa de grandes instituições hospitalares com relação ao perfil profissional adequado para atender e cuidar de seus clientes.
O trabalho nos hospitais e instituições de saúde exige profissionais cada vez mais qualificados, que saibam equilibrar o conhecimento e o humanismo no atendimento e cuidados direcionados ao cliente.
Foi o tempo em que a Educação Continuada visava apenas o treino técnico da equipe de enfermagem. Atualmente o setor precisa educar pessoas com foco nos valores organizacionais.
Como cuidar de outro se nem ao menos conseguimos cuidar de nós mesmos? Como parar para ouvir um paciente se tudo o que almejamos é terminar logo nossas atividades para que possamos teclar com nossos amigos virtuais? Como respeitar nosso superior hierárquico se não conseguimos respeitar nossos pais e professores? Como passar uma imagem profissional se postamos fotos desnudas abertas nas redes sociais?
De acordo com o consultor norte-americano William Bridges, quem você é como pessoa representa o modo como se empenhará no trabalho e pelo trabalho. Ou seja, o que diferencia um profissional é o ser humano que somos.
Acredito que o autoconhecimento é essencial para que possamos identificar nossos pontos fracos e saber controlar nossos impulsos pessoais, para não atrapalhar a ascensão profissional almejada.
Valores pessoais e organizacionais convergentes são sinônimos de uma relação feliz entre empregado e empregador.


5 comentários:

  1. Parabéns pelo texto. Reflete bem a situação em que se encontra atualmente o mercado de trabalho brasileiro.

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  2. Realista e maravilhoso o seu texto, está de parabéns!!! Boa sorte no blog!!!

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  3. Parabéns!!! Muito reflexivo. Amei!

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  4. Parabéns, texto gostoso de ler...claro e objetivo, me fez lembrar um texto que li...
    " a relação interpessoal enfermeiro/paciente será mais humanizada e adequada considerando-se existir condições que favorecem a motivação, a valorização e a realização dos profissionais envolvidos no processo de cuidar."

    ( Fridman B, Hatch J, Walker DM. Capital humano: como atrair, gerenciar e manter funcionários eficientes. 2a ed. São Paulo: Futura; 2000.)

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