Em tempo de globalização e incessantes
novidades tecnológicas, nunca estivemos tão carentes de humanização nos
atendimentos de saúde.
Atualmente, a tecnologia se tornou
fundamental para fins de diagnósticos e tratamentos de saúde, mas a máquina não
basta quando precisamos prover cuidados ao ser humano. O homem até pode
inventar robôs para aferir pressão e administrar medicamentos, e estamos cada
vez mais próximos desta realidade virtual, mas o cuidar vai muito além disso.
Cuidar é tocar, é olhar, é se importar com o outro, é ouvir suas queixas e
aflições, é sentir empatia... Cuidar é mais do que técnicas e procedimentos.
A enfermagem humanizada é
insubstituível! Mas porque precisamos de políticas de humanização? Será que a
humanização, por si só, não está implícita no cuidar?
Percebo que na atual sociedade,
nós seres humanos, estamos cada vez mais carentes de cuidados. Não nos amamos o
suficiente, não priorizamos nossos desejos, poucos são os que conhecem seus
verdadeiros anseios. Lidamos com as frustrações nas lojas dos shoppings, e por
um tempo, pequeno é verdade, isso basta. Nossa criança interior está lá, gritando,
pedindo atenção e carinho, tão quanto os pacientes sob nossos cuidados...
Ao meu ver, a humanização somente é possível quando o profissional pratica atos humanizados
consigo próprio. Sabe aquela frase clichê “somente
podemos dar aos outros aquilo que temos sobrando”? É isso.
Ao longo desta semana, vamos nos
propor a ter atos mais humanizados conosco: vamos respeitar nossos limites sem
culpa, vamos nos proporcionar mais tempo de laser e prazer, vamos investir
tempo e atenção nos cuidados com o nosso corpo e nossa alma. Vamos olhar mais pra
gente! Todos nós sabemos o que é certo e o que é bom, então vamos nos proporcionar
o melhor!
Depois, quando o cuidar-se virar
um hábito, atente-se para verificar se os cuidados que você direciona aos seus
pacientes, na enfermagem, não estão mais humanizados? Faça o teste e me conte!
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